Aumento de caruru (Amaranthus hybridus) resistente ao glifosato tem preocupado agricultores da região Sul do Brasil
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Dificuldade em controlar o caruru. Redução de produtividade nas lavouras de soja pela matocompetição com o caruru. Sistema Enlist® como aliado no manejo do caruru.
Entenda o que é o caruru e suas principais características
O gênero Amaranthus possui cerca de 60 espécies no mundo, encontradas principalmente em regiões tropicais e subtropicais (Penckowski et al., 2020).
No Brasil, a espécie Amaranthus hybridus, conhecida como caruru-roxo, caruru-bravo ou somente caruru é a de maior relevância do momento, sendo encontrada praticamente em todos os estados e, segundo a Embrapa, é considerada uma espécie originária da América Tropical. Plantas dessa espécie são conhecidas por apresentarem alta capacidade de produção de sementes (200 a 600 mil por planta), fluxo contínuo de germinação com hábito de crescimento agressivo (2 a 3 cm por dia e até 3 m de altura), temperatura média ideal para germinação de 20°C, podendo ocorrer, inclusive, na ausência de luz – dessa maneira os meses de maio a julho podem apresentar baixos fluxos de germinação, sendo o pico de emergência nos meses de setembro e outubro, podendo se estender com menores fluxos entre dezembro e fevereiro (Penckowski et al., 2020), e ciclo fotossintético C4 – o que lhe proporciona grande capacidade de competição por água, luz e nutrientes, principalmente quando comparadas com culturas C3, como a soja, o feijão e o algodão (Carvalho et al., 2015).
Em 2018, no RS, aconteceu o primeiro relato dessa espécie resistente ao glifosato (Oliveira et al., 2019) e, no ano seguinte, pesquisadores da Fundação ABC do setor de herbologia, identificaram plantas de A. hybridus com suspeita de resistência ao herbicida glifosato e aos inibidores da ALS na região dos Campos Gerais do Paraná, o que foi comprovado posteriormente por diferentes institutos e laboratórios, que relataram serem plantas com mesmas características dos biótipos de caruru encontrados no Rio Grande do Sul no ano anterior e das demais plantas existentes na Argentina – país que sofre desde 2013 com casos de caruru resistente ao glifosato (Penckowski et al., 2020). Segundo o pesquisador, a introdução e dispersão dessa espécie provavelmente ocorreu através de entrada de sementes oriundas de regiões infestadas, via comercialização de sementes de culturas de cobertura de inverno (principalmente azevém), aquisição de gado bovino em leilões, esterco animal, rações, pássaros e trânsito de máquinas agrícolas. Desde então, o número de casos com falhas de controle de A. hybridus ao herbicida glifosato vem aumentando nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas constataram que uma única planta de A. hybridus resistente ao glifosato e a inibidores de ALS pode reduzir a produtividade de grãos de soja, em média, em 6,4%. Já Penckowski, relata que a presença dessa planta daninha em lavouras de soja pode reduzir o rendimento em até 80%, além de inviabilizar a colheita mecânica. Veja abaixo o comparativo de uma área de Dom Pedrito (RS) na safra 2022/23, onde a biotecnologia Enlist® possibilitou ao agricultor realizar a colheita da soja em área altamente infestada com caruru, na qual teve o restante da colheita de sua lavoura inviabilizada pela dificuldade de manejo dessa invasora.
Como evitar a introdução e a dispersão do caruru
Há diversas práticas agrícolas que devem ser levadas em consideração que visam evitar a introdução e a dispersão do caruru. Dentre elas:
- Manejar as plantas sobreviventes de modo a evitar a produção de novas sementes que irão incrementar o banco de sementes para a próxima safra.
- Limpar os maquinários utilizados em áreas diferentes que poderão carregar e proporcionar disseminação de sementes.
- Cuidado com a origem da semente adquirida para uso na propriedade, especialmente quando da implantação de pastagens ou alguma planta de cobertura no inverno, assim como feno adquirido de outras propriedades.
- Realizar a manutenção da palhada na entressafra para a semeadura da cultura de verão, através de implantação de plantas de cobertura ou pastagens, pois a palhada tem potencial em reduzir até 60% a emergência de plântulas de caruru.
- Utilizar herbicidas residuais na pré-emergência da soja.
- Plantar variedades de soja com a biotecnologia Enlist®, o que possibilitará um melhor manejo dessa invasora na pós-emergência da soja.
Como o Sistema Enlist® pode ajudar no controle do caruru resistente ao glifosato e aos inibidores da ALS?
A escolha correta das variedades de soja e, consequentemente, da biotecnologia presente nelas é crucial para que haja a possibilidade de um melhor manejo não só do caruru, mas também de buva, leiteiro, trapoeraba, corda-de-viola e outras invasoras em pós-emergência da soja.
Como foi comentado anteriormente, plantas de caruru apresentam fluxo de emergência contínuo durante a safra, de acordo com a disponibilidade de água no campo. Com isso, pode-se ter plantas daninhas em diferentes estádios de desenvolvimento, desde planta adulta até plântulas, que apresentam crescimento de 2 a 3 cm por dia. Sendo assim, além do uso de herbicidas residuais, haverá a necessidade de um novo controle em pós-emergência da soja.
A Soja Enlist® é a única biotecnologia de soja tolerante a 3 herbicidas: Enlist® Colex-D® (novo 2,4-D sal colina), glifosato e glufosinato de amônio, que possibilita ao agricultor realizar um melhor manejo do caruru e das demais plantas daninhas na pós-emergência da soja. Além disso, o Sistema possui ainda a facilidade e simplicidade de poder aplicar Enlist® Colex-D® com maior controle operacional, uma vez que possui ultrabaixa volatilidade e redução no potencial de deriva do 2,4-D de até 90%, quando aplicado com pontas com indução a ar.
Por esse motivo, produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná que estão com problemas com caruru e dificuldades de manejar essa planta daninha, já estão optando por plantar variedades de Soja Enlist® e controlando a invasora, reduzindo a matocompetição e maximizando a produtividade de suas áreas.
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Referência:
CARVALHO, S.J.P. Características Biológicas de Plantas Daninhas do Gênero Amaranthus. In.: INOUE et al. Manejo de Amaranthus. São Carlos: RiMa Editora, 2015. p. 21-36
OLIVEIRA, C; MATHIONI, S. M.; LEMES, L.; OZÓRIO, E.; JAUER, A.; ALTMANN, T.; FACCO, M.; BARTZ, E.; ROSA, D. D. População de caruru (Amaranthus hybridus) resistente ao glyphosate são encontradas no Rio Grande do Sul. Sociedade Brasileira de Plantas Daninhas. Boletim Informativo. v. 28, 2019.p.24-25.
PENCKOWSKI, L. H. et al. ALERTA! CRESCE O NÚMERO DE LAVOURAS COM Amaranthus hybridus RESISTENTE AO HERBICIDA GLIFOSATO NO SUL DO BRASIL O PRIMEIRO PASSO É SABER IDENTIFICAR ESSA ESPÉCIE! Revista FABC, 2020. Disponível em: < https://www.upherb.com.br/ebook/REVISTA-Fabc.pdf >, acesso em: 27/08/2023.